quinta-feira, 5 de maio de 2011

Projeto Agente Jovem


por ana.avilaÚltima modificação 07/07/2008 - 09:48

Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano
O Projeto Agente Jovem de Desenvolvimento Social e Humano, compreendido como a conjugação da Bolsa Agente Jovem e da ação socioeducativa deverá promover atividades continuadas que proporcionem ao jovem, entre 15 e 17 anos, experiências práticas e o desenvolvimento do protagonismo juvenil, fortalecendo os vínculos familiares e comunitários e possibilitando a compreensão sobre o mundo contemporâneo com especial ênfase sobre os aspectos da educação e do trabalho.
O período de 15 a 24 anos pode ser subdividido em dois ciclos:
  • Aos jovens entre 15 e 17 anos, devem ser oferecidas atividades que propiciem o desenvolvimento pessoal, social e comunitário, a ampliação de trocas culturais e intergeracionais e o acesso à tecnologia, estabelecendo compromisso do jovem quanto à sua permanência no sistema de ensino. Devem ser desenvolvidas atividades direcionadas ao protagonismo no território, ou seja, participação social que contribua para o fortalecimento das relações no território e ao reconhecimento do trabalho como um direito de cidadania, por meio de experimentação.
  • O ciclo compreendido de 18 a 24 anos, caracterizado pela maioridade civil, além de atividades direcionadas ao protagonismo no território a programação deve incluir a educação para o trabalho, voltada para jovens e adultos, que possibilite a ampliação de trocas culturais, o acesso à tecnologia e a formação em competências específicas básicas e uma efetiva integração entre os programas e projetos voltados para capacitação e integração no mercado de trabalho e emprego.

  Objetivo  
  • Desenvolver ações que facilitem sua integração e interação, para quando estiver inserido no mercado de trabalho.
  • Garantir a inserção, reinserção e permanência do jovem no sistema de ensino.
  • Promover a integração do jovem à família, à comunidade e à sociedade.
  • Desenvolver ações que oportunizem o protagonismo juvenil.
  • Capacitar o jovem para atuar como agente de transformação e desenvolvimento de sua comunidade.
  • Contribuir para a diminuição dos índices de violência entre os jovens, do uso/abuso de drogas, das DST/AIDS,de gravidez não planejada.
  • Desenvolver ações que facilitem a integração e interação dos jovens, quando da sua inserção no mundo do trabalho.

Público-alvo  
  • Jovens com idade entre 15 e 17 anos nas seguintes situações:
  • que, prioritariamente, estejam fora da escola;
  • que participem ou tenham participado de outros programas sociais (medida que dá cobertura aos adolescentes e jovens oriundos de outros Programas, como o da Erradicação do Trabalho Infantil, também promovido pelo Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome);
  • que estejam em situação de vulnerabilidade e risco pessoal e social;
  • que sejam egressos ou que estejam sob medida protetiva ou socioeducativa;
  • oriundos de Programas de Atendimento à Exploração Sexual Comercial de menores;
  • 10% das vagas de cada município são necessariamente destinadas a adolescentes portadores de algum tipo de deficiência.

Regras para acessar o Programa
Receberão núcleos do Agente Jovem os municípios habilitados em Gestão Básica ou Plena obedecendo os critérios de partilha definidos pela Norma Operacional Básica – NOB/SUAS. Confira o critério de expansão.
Para conhecimento da classificação da partilha dos recursos do MDS para 2006 e exercícios seguintes deve-se verificar no link SUAS o índice SUAS alcançado pelo Município.
Ações Socioeducativas
A ação socioeducativa, enquanto intencional e planejada, constitui-se a partir de um conjunto de atividades que visam propiciar aos jovens o reconhecimento e o desenvolvimento de suas habilidades, formas de expressão, trajetória pessoal e expectativas. Momentos planejados para propiciar o convívio no grupo e na comunidade, com oportunidades e ações para o reconhecimento de direitos e deveres e o desenvolvimento de capacidades para o enfrentamento das condições de vida, buscando o fortalecimento de laços de pertencimento e a construção de projetos pessoais e sociais. O termo socioeducativo, aqui utilizado, não deve ser confundido com “medidas socioeducativas” previstas no Capítulo IV do Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Federal 8.069).
O Projeto Agente Jovem baseia-se na metodologia de capacitação teórico-prática, com duração de doze meses, sendo que a capacitação teórica compreende carga horária mínima de 300 horas aula e a prática, à atuação do jovem na comunidade.

Capacitação teórica (composta por dois núcleos complementares): 
  • Núcleo Básico
    • Compreende a abordagem de temas que despertem a auto-estima do jovem, o protagonismo juvenil, permitindo que eles entendam seu poder de transformação.
    • O conteúdo programático deverá abordar temas que busquem estimular o jovem na construção de um projeto pessoa
  • Núcleo Específico
    • Compreende a seguinte temática: o jovem como agente de transformação, visando à ação comunitária nas áreas de saúde, cidadania e meio ambiente.
    • O conteúdo programático desse núcleo versará sobre questões prevalecentes nas áreas abordadas.
    • O objetivo dos núcleos é o de fazer com que a atuação do jovem contribua para a melhoria dos indicadores sociais locais.
Capacitação Prática /Atuação do Jovem na Comunidade:
O momento da atuação do jovem na comunidade constitui uma ação planejada entre a equipe técnica do gestor local e o jovem, em consonância com   a capacitação teórica . Tal atuação faz parte do processo de aprendizagem e deve ser acompanhada pelo coordenador do projeto.
A atuação do jovem deverá ser intercalada com atividades de cultura, esporte e lazer, buscando talentos existentes no grupo, tornando mais estimulantes e atraentes as atividades comunitárias.

Caso necessite de orientações:
Ligue para o telefone 0800-7072003 (Opção: Assistência Social), ou encaminhe e-mail para protecaosocialbasica@mds.gov.br, para o esclarecimento de dúvidas.

TFG - Centro Cultural, Profissionalizante / Barragem Santa Lúcia



06/08/10
Um tema muito discutido em textos como a “Arquitetura, política e autogestão. Um comentário sobre os mutirões habitacionais”, bem como no livro “Arquitetura Nova” de Sergio Fiori, é sobre a participação do usuário nas construções, a autogestão, que parte do princípio de que todas as partes envolvidas na execução do projeto devem participar da tomada de decisões, cabendo a elas todas as conseqüências decorrentes da conclusão consensual.

Podem-se identificar, basicamente, dois tipos de usuários: os que reivindicam e participam ativamente do processo construtivo – o mutirão – e os já possuidores do bem, que não participam efetivamente da construção. Os primeiros adquirem um bem com valor de uso, necessário para a sua subsistência e sem valor imediato de troca. Por atuarem incisivamente no canteiro de obras, tem-se como resultado um projeto personalizado, desenvolvido de acordo com a as demandas e vontades do consumidor/construtor. Uma vez que a necessidade é priorizada, nem sempre há o suporte técnico correto, o que confronta o padrão capitalista do pragmatismo e objetividade. Já os usuários possuidores do bem, em contrapartida, não participam ativamente do processo construtivo, sendo meros recebedores e pagantes do produto final. A menor participação desses usuários tem vantagens e desvantagens: o serviço prestado por empreiteiras e cooperativas é baseado em conhecimentos técnicos e ampla tecnologia, resultando em um bem com um acabamento superior, mas peca nos quesitos personalização e flexibilidade projetuais

É pertinente inferir que as decisões devem ser tomadas de acordo com a capacidade e limitações de cada um. Assim, não cabe ao leigo tomar a frente nos aspectos técnicos, porém, o técnico deve oferecer ao leigo todos os subsídios para a tomada de decisão.


...Qual o real papel de um arquiteto residente e formado num país subdesenvolvido? Seria este apenas a construção de mansões para a classe privilegiada dos condomínios isolados? Projetos arrojados e reconhecidos como grandes instituições públicas? Estas com certeza não seriam a forma correta de analisarmos a arquitetura de nosso país, tão carente e desigual, mas sim a maneira pré-concebida de arrecadar fundos neste paradoxo desigualdade/capitalista...

...cabe sim ao arquiteto a intervenção neste quesito; Com a nossa teoria, noção de espaço e vivência, temos muito a oferecer a esta população tão necessitada. Porém se torna necessário uma aproximação da cultura, da disposição espacial, da apropriação dos espaços, ou seja, das peculiaridades construtivas e de vivência das comunidades.

Salas de aulas, anfiteatro, centro de exposições, teatro, quadras com um complexo esportivo (visando crescimento pelo esporte inclusive pelas olimpíadas que estão por vir), oficinas, e até mesmo hortas comunitárias dariam suporte, técnica, conhecimento e acima de tudo perspectiva de um futuro mais digno. Com um local apropriado (complexo da barragem Santa Lúcia), com o auxilio governamental (facilitando a disponibilidade de terreno e construção) e de empresas privadas (entrando com o serviço prestado, ou até como rebaixamento de impostos), com cursos profissionalizantes (que poderiam ser artistas plásticos, músicos, atores, engenheiros, técnicos de computadores... Mudando de acordo com a necessidade local e momentânea) chegaríamos não a uma resposta, mas num principio de busca e sentido do nosso papel numa sociedade...